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Telas na infância: aprenda a estabelecer limites saudáveis
22 de abril de 2025
Em um mundo dominado pela tecnologia, com celulares, tablets, TVs e computadores presentes em quase todos os ambientes, cresce a preocupação sobre o impacto das telas no desenvolvimento infantil. O uso excessivo desses eletrônicos na infância pode comprometer o desenvolvimento físico e mental das crianças.

As telas levam ao sedentarismo em uma fase importante para a movimentação dos pequenos, impedindo que adquiram muitas habilidades físicas. Além disso, o uso de telas por mais de 2 horas por dia pode estar associado a mais sintomas de ansiedade e depressão nas crianças e adolescentes.
Equilíbrio para o benefício
Por outro lado, as novas tecnologias trazem benefícios educacionais. Esses recursos aproximam crianças e adolescentes de diversos conteúdos escolares, tornando o aprendizado mais significativo.
“O uso de telas tende a crescer, sendo utilizadas para construir conhecimento e aprimorar valores. O importante é encontrar um equilíbrio, reforçando que o contato presencial é essencial para o ser humano. Esse é um processo que deve ser desenvolvido pela escola e pela família”, explica a psicóloga do CEV Colégio, Polliana Melo.

Conheça os limites
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, as telas não devem ser usadas por crianças com menos de 2 anos de idade. De 2 a 7 anos, apenas 1 hora por dia. Acima dessa idade, as telas recreativas devem-se limitar a 2 horas por dia.
No CEV, o uso de telas é limitado às atividades pedagógicas. Muito mais que proibição, esse foi um movimento de conscientização, que acabou sendo normalizado pelas crianças e expandido para casa.
Veja orientações práticas para estabelecer limites saudáveis ao uso de telas na infância:
Crie uma rotina para o uso recreativo
Determine horários específicos para o uso das telas, e dê prioridade para outras atividades, como brincadeiras ao ar livre, leitura e convivência familiar.
Observe o conteúdo assistido
Nem todo tempo de tela é perdido. Aplicativos educativos, desenhos e vídeos adequados à faixa etária podem contribuir para o aprendizado. Acompanhe o que seu filho assiste e aproveite para conversar sobre o conteúdo.

Faça você também
As crianças aprendem muito mais pelo que veem do que pelo que ouvem. Se os adultos à sua volta estão sempre conectados, elas tendem a imitar esse comportamento. Estabeleça momentos para interações presenciais.
Fique em alerta
Irritação ao desligar o aparelho, dificuldade para dormir ou falta de interesse por outras atividades podem ser sinais de uso excessivo. Nesses casos, é importante repensar os limites e, se necessário, buscar orientação de um especialista.